Uma pesquisa conduzida pela estudante Maria Regina Guedes, do terceiro ano de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem mapeado áreas com maior presença de ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, dentro do câmpus universitário.
O projeto utiliza ovitrampas, pequenos vasos com água e paletas de madeira, para atrair as fêmeas do mosquito e monitorar a deposição de ovos.
Desde maio de 2024, a aluna espalha os dispositivos por diversas áreas da universidade. Após alguns dias, os objetos são recolhidos e analisados em laboratório. As larvas são alimentadas até a fase adulta, permitindo a identificação da espécie e além do Aedes aegypti, o projeto também registrou a presença de outros mosquitos, como o Aedes albopictus, que não é o principal vetor da dengue.
Segundo a estudante, os meses mais quentes, janeiro e fevereiro, apresentaram os maiores índices de ovos, confirmando a relação entre calor e aumento da proliferação. As áreas com maior concentração foram alguns blocos específicos da UEM e também regiões de divisa com bairros próximos, onde há maior circulação de pessoas e descarte inadequado de lixo.
A orientação do projeto é da professora Maria Claudia Takasusuki, chefe do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular da UEM. Ela destaca que a iniciativa começou a partir de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que realiza mapeamentos semelhantes em bairros da Cidade. “Ao identificar as regiões com maior número de ovos, podemos agir com ações de limpeza e prevenção da proliferação do mosquito”, afirma a professora.
NÚMEROS
Até 13 de maio, a Cidade já havia registrado 2.565 casos confirmados de dengue e quatro óbitos. O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 5 e 9 de maio, apontou índice de infestação de 2,3%, considerado de risco médio pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Da Redação
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