A reforma da Câmara Municipal de Maringá, iniciada em agosto de 2024 com previsão de conclusão para janeiro de 2025, enfrenta um atraso significativo. Até o momento, apenas 20,07% da obra foi executada, conforme informações oficiais da Casa de Leis. O projeto, orçado em R$ 4,1 milhões, está sendo realizado pela empresa Ralt Tech Construções Ltda, de Curitiba.
De acordo com a construtora, o atraso se deve a uma série de dificuldades, incluindo problemas nas escavações, interrupções nas redes de energia e hidráulica, baixo desempenho da mão de obra contratada e dificuldades financeiras da empresa.
A intervenção contempla uma área de 1.121 metros quadrados e prevê a reforma dos banheiros do plenário, a instalação de um elevador de passageiros e a implementação de aparelhos de ar-condicionado.
HISTÓRICO
Em maio de 2024, o então presidente da Câmara, Mário Hossokawa, anunciou que a obra seria conduzida em três turnos, 24 horas por dia, incluindo fins de semana e feriados. O edital de licitação já previa o pagamento de adicionais noturnos e horas extras, com a expectativa de conclusão em 150 dias, o que não se concretizou.
Em novembro de 2024, diante da evidente demora, a Câmara admitiu publicamente que a entrega poderia não ocorrer antes do início do novo ano legislativo.
Na ocasião, Hossokawa afirmou que já se analisava a possibilidade de multas contratuais e até a necessidade de alugar um espaço temporário para abrigar os novos gabinetes. “A obra está atrasada, temos uma preocupação muito grande e, diante disso, já estamos analisando uma situação que a gente não queria, que é o de alugar um salão aqui próximo da Câmara para, se houver necessidade, fazer os gabinetes ali até que a obra seja concluída”, declarou.
Com o atraso, a Câmara passou a pagar R$ 22 mil mensais pelo aluguel de um imóvel na Rua Padre Germano José Mayer, ao lado da sede, onde foram instalados provisoriamente os oito novos gabinetes dos vereadores empossados em janeiro de 2025. O contrato de locação tem duração de 36 meses e inclui multa para rescisão antes de 12 meses e ainda não há previsões para o término da obra.
Da Redação
Foto – CMM
