
A presença de escorpiões continua preocupando moradores e autoridades em Maringá. De janeiro até o final de abril deste ano, foram registradas 665 ocorrências de aparecimento desses aracnídeos na cidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, com uma média de quatro queixas por dia.
No mesmo período de 2024, foram contabilizados 596 casos. O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é o mais comum e também o mais perigoso encontrado na região.
Segundo o secretário de Saúde, Antonio Carlos Nardi, os cuidados devem ser redobrados em ambientes domésticos, especialmente onde há crianças. “Esses bichos se escondem muito em sapatos, em guardas de berços, em colchas e onde tem muitas crianças, especialmente bebês, é importante verificar sempre. Bater os calçados, checar os ralos e cantos escuros da casa”.
Apesar do alto número de ocorrências, não houve casos graves até o momento em 2025, confirma Nardi. Todos os pacientes foram atendidos a tempo, conforme informações da secretaria. O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI) do Hospital Universitário de Maringá é o ponto de referência para atendimentos clínicos relacionados à picada de escorpiões na Cidade.
RECOMENDAÇÃO
A recomendação das autoridades de saúde é que, em caso de picada, a pessoa lave o local com água e procure imediatamente uma unidade de saúde. Se possível, é útil fotografar ou capturar o escorpião com segurança, para facilitar a identificação da espécie e a aplicação do tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Butantan, os escorpiões preferem locais quentes e úmidos e geralmente procuram entulhos ou se infiltram em redes de esgoto, tubulações de água e energia.
Para afastar esses animais, é necessário manter os ambientes limpos e sempre higienizados. Qualquer buraco no chão ou na parede pode ser um bom esconderijo, e até mesmo roupas sujas ou molhadas espalhadas pelo chão podem servir de abrigo para os aracnídeos.
O uso de venenos para controle da população desses animais deve ser feito exclusivamente por empresas especializadas, com profissionais capacitados e credenciados.
Da Redação
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